Conforto das Escrituras
Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Romanos 15:4
domingo, 25 de abril de 2021
HOMENS QUE FORAM CONVERTIDOS TENTANDO REFUTAR A BÍBLIA - WILLIAM MITCHELL RAMSAY (1851-1939)
HOMENS QUE FORAM CONVERTIDOS TENTANDO REFUTAR A BÍBLIA - JOSH MCDOWELL
(Um irmão)
A DIFERENÇA ENTRE O TRIGO E O JOIO
Fonte: Rocha Ferida
domingo, 16 de agosto de 2020
O Sangue de Jesus Cristo
O Sangue
Que maravilhoso tema de meditação o sangue de Jesus é para nossos corações.
Aproximou-nos de Deus: “Em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Efésios 2:13).
Removeu nossos pecados: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7).
É por meio desse sangue que temos perdão: “Pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Efésios 1:7).
Somos resgatados (redimidos) por esse sangue: “Resgatados… com o precioso sangue de Cristo” (1 Pedro 1:18,19).
O sangue de Jesus será o tema de nossa canção por toda a eternidade: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és… porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Apocalipse 5:9). Consideremos esse sangue hoje, e que isso seja o tema de nosso louvor e canção agora. Esse sangue é a base para todas as bênçãos que temos e que garante nosso direito de estarmos na presença do Senhor e na casa do Pai.
Jim Hyland
domingo, 9 de agosto de 2020
PERGUNTA: Deus é Pai apenas dos cristãos?
RESPOSTA: Você ficou surpreso de eu dizer que o privilégio de chamar a Deus de pai é apenas dos cristãos, e argumentou que os judeus já chamavam a Deus de pai muito antes do cristianismo. A passagem que citou foi Isaías 63:16, que diz: "Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome.". Então como poderia Isaías, que era judeu, ter chamado a Deus de pai antes dos cristãos?
Existem outras passagens no Antigo Testamento onde os judeus chamam a Deus de Pai, mas o contexto está sempre relacionado à criação, e não a parentesco ou familiaridade. Pai ali é no sentido de Criador, de quem nos fez. "Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos." (Is 64:8). Outra passagem é semelhante e fala de criação: "Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus?" (Ml 2:10). Isaías também fala de Jesus como Pai da eternidade: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." (Is 9:6).
Mas o próprio Senhor Jesus esclarece nos Evangelhos o engano dos judeus que achavam poder chamar a Deus de Pai: "Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou." (Jo 8:41-42).
A única maneira de se conhecer ao Pai, e poder chamá-lo assim em um relacionamento de parentesco, é mediante a revelação de Jesus, algo que não foi feito no Antigo Testamento: Em várias passagens Jesus revelou aos discípulos que agora tinham a adoção de filhos de Deus e poderiam chamar a Deus de Pai na mesma relação de familiaridade que Jesus, o Filho de Deus, tinha com o Pai. "Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus." (Jo 20:17).
Esta relação a partir dali não seria mais de um simples ser criado por Deus (como eram os judeus no Antigo Testamento), mas efetivamente nascidos de Deus. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (Jo 1:12-13). Mas a prova cabal de que era impossível alguém ter esse privilégio de filho antes de Jesus vir ao mundo você encontra neste versículo: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, E AQUELE A QUEM O FILHO O QUISER REVELAR." (Mt 11:27).
Em seu livro "Teologia do Pacto ou Dispensações — Qual a maneira correta de se interpretar as Escrituras?" Bruce Anstey explica com mais detalhes:
A palavra “filiação” no grego tem o significado de “lugar de filho” (Gl 4:5; Ef 1:5). Como filhos, os cristãos foram colocados no mesmo lugar em que o próprio Filho permanece diante de Deus. Ocupamos um lugar no qual Deus nos fez “agradáveis a Si no Amado” (Ef 1:6). Ocupamos este lugar por causa de nossa conexão com Cristo — o “Filho do Seu amor” (Cl 1:13). Por isso o termo vai muito além de meramente “aceitos” (como está Ef 1:6 na versão inglesa King James) e denota o desfrutar de uma afeição especial vinda do Pai. Por estar no lugar em que Cristo está o cristão permanece diante de Deus em uma posição que está muito acima daquela ocupada por anjos, acima até da posição ocupada pelo arcanjo Miguel! A grande bênção da “filiação” é que desfrutamos:
Do lugar de favor do Filho (Ef 1:6).
Da vida — a vida eterna do Filho (Jo 17:2).
Da liberdade que o Filho tem diante do Pai (Rm 8:14-16).
Da herança do Filho (Rm 8:17).
Da glória do Filho (Rm 8:18; Jo 17:22).
Um lugar assim de privilégio na família de Deus não foi dado aos santos do Antigo Testamento. Em Gálatas 4:1-7 o apóstolo Paulo mostra a diferença. Ele dá o exemplo de uma família israelita, assinalando a diferença entre um “menino” e um “filho” na família. Ele indica que aqueles que foram convertidos do Judaísmo por crerem no evangelho são como “meninos” que atingiram certa idade. Eles deixaram a posição de crianças e agora estão na posição de “filhos” na família de Deus. A cerimônia judaica do Bar mitzvah ilustra isto. Em uma família de judeus, quando um menino chega aos treze anos de idade ele é formalmente elevado da condição de criança para a de filho na família, desfrutando então de maior liberdade e privilégios no lar. Essa mudança de posição ilustra o lugar que ocupa o cristão na família de Deus, comparada àquela ocupada pelos judeus nos tempos do Antigo Testamento. Observe a mudança de “nós” para “vós” nos pronomes do versículo 5 para o 6 de Gálatas 4: “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de [nós] recebermos a adoção de filhos. E, porque [vós] sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”. No primeiro caso, “nós” se refere aos crentes judeus, e no segundo, “vós” aos crentes gentios.(...)
A vida eterna tem a ver com o fato de o crente possuir vida divina em sua alma, associada a uma compreensão do relacionamento especial que desfruta com o Pai e o Filho através do Espírito Santo (Jo 17:3). Para que o crente tivesse este aspecto da vida divina era necessário que o Filho de Deus tivesse vindo a este mundo para revelar o Pai (Jo 1:18; 14:9), que a redenção tivesse sido consumada (Jo 3:14-15) e que o dom do Espírito de Deus tivesse sido dado (Jo 4:14). A “vida eterna” não indica meramente uma vida divina de duração ilimitada, mas se refere ao caráter dessa vida. Trata-se da própria vida que o Pai e o Filho, juntos, desfrutaram em sua comunhão desde a eternidade passada. É por possuir esta vida que o cristão pode desfrutar de comunhão com o Pai e com o Filho (1 Jo 1:3).
Os santos do Antigo Testamento tinham vida divina, uma vez que eram nascidos de novo. Portanto eles faziam parte da família de Deus. Todavia, eles não tinham este caráter da vida, pois Cristo ainda não tinha vindo revelar o Pai, e nem a redenção tinha sido consumada ou tampouco o Espírito sido dado. Os santos do Antigo Testamento tinham a esperança de viver para sempre na terra sob o reinado de seu Messias. Daniel chama a isto de “vida eterna” (Sl 133:3; Dn 12:2), mas não se trata da vida eterna como é apresentada no Novo Testamento. Portanto, eles desfrutavam de comunhão com Deus, mas não a comunhão existente entre o Pai e o Filho.
(...)
Maria foi a primeira a ver o Senhor em ressurreição ( Jo 20: 11-18). Todavia, ela não devia “tocá-Lo” na condição em que Ele estava, pois Ele ainda não tinha “subido” para o Seu Pai ( Jo 20: 17). Isto significa que apesar de os discípulos terem “conhecido Cristo segundo a carne” como o Messias de Israel, daí em diante eles já não O conheceriam desse modo (2 Co 5:16). Eles deveriam conhecê-Lo de uma maneira completamente nova — como Cabeça da raça de uma “nova criação” (Rm 8:29; Gl 6:15; 2 Co 5:17; Ap 3:14) — no novo lugar de reunião. Suas novas conexões cristãs com Deus Pai em Cristo ressuscitado estão indicadas por Sua declaração a Maria: “Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” ( Jo 20: 17). Os da antiga dispensação não conheciam a Deus como Pai desta maneira. [Extraído de "Teologia do Pacto ou Dispensações — Qual a maneira correta de se interpretar as Escrituras?" Bruce Anstey]
Por Mario Persona
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
O Apocalipse e o Reino - Clarence E. Lunden
O Apocalipse e o Reino - Clarence E. Lunden
Cronologia dos eventos proféticos
A esperança da Igreja é a vinda do Senhor. Como crentes, não esperamos que os eventos proféticos se concretizem enquanto estamos aqui na Terra. Nosso lar está no céu, e aguardamos pelo Salvador para nossa libertação corporal deste presente mundo mau que despenca para a perdição. Nossa esperança se concretizará quando escutarmos o brado de vitória e formos levados para o encontro com nosso Senhor nos ares, a fim de estarmos para sempre com Ele na casa do Pai. Seguindo-se ao arrebatamento da Igreja com os santos do Antigo Testamento, quando todos que estiverem em Cristo naquela ocasião forem ressuscitados e transformados para estarem no céu para sempre, a Terra começará a sofrer transformações (Apocalipse 6).
Por dois mil anos o cumprimento da profecia tem sido mantido em suspenso por causa do "mistério", até que chegasse a plenitude dos gentios (Romanos 11:25). O apóstolo Paulo foi o primeiro e único a quem foi dada a revelação do "mistério". O período todo da igreja, incluindo o juízo do falso corpo professo, é um mistério que ainda hoje só é conhecido pelo verdadeiro crente que tem a unção do Espírito. A Paulo foi entregue, por revelação, a verdade da Igreja quanto ao seu caráter, sua administração como testemunho durante sua permanência no mundo, e a ordem e comportamento na reunião da assembléia para doutrina, partimento do pão, comunhão e orações, além de seu arrebatamento e associação com Aquele que, como Homem, será Cabeça sobre todas as coisas criadas (Romanos 16:25; Efésios 3:6,9).
João recebeu, por revelação, o estabelecimento futuro do
governo e bênção na Terra por intermédio da Igreja. Ela estará associada com
Cristo, no trono, em glória administrativa como aqueles que habitam nos céus.
João nos mostra também o desenvolvimento e clímax da terrível apostasia e
violência que encerrará a história da incrédula e desobediente igreja professa,
deixada aqui para sofrer a ira de Deus, enquanto a verdadeira assembléia habita
em glória nos céus, muito além do trovoar do juízo.
As condições por ocasião da partida da verdadeira Igreja
provavelmente não demonstrarão qualquer alteração imediata, tendo as
organizações religiosas sua continuidade quase como antes. É provável que haja
uma certa comoção pelo desaparecimento do grupo de crentes. Não há dúvida de
que se fará uma busca, para desapontamento dos que buscarem. Certamente, o fato
de não serem encontrados corpos e de tudo ter sido deixado exatamente como
estava quando os crentes estavam presentes será um enigma para os habitantes da
Terra. A observância exterior das tradições irá aumentar a fim de tranqüilizar
a consciência, e a idolatria satisfará exteriormente o coração rebelde e sem
repouso (Apocalipse 20).
O evangelho do reino
Aparentemente há duas esferas sobre as quais a luz profética
é focalizada: a esfera Romana (Ocidente - Apocalipse 8.7), e a terra Santa
(Oriente - Apocalipse 9:1-4). O termo "terra" incluirá tanto a parte
Ocidental como a Oriental. Trata-se de uma expressão moral para mostrar a parte
do mundo que se encontra em uma relação consciente para com Deus, ao menos por
profissão. Haverá um evangelho que será pregado na terra após o arrebatamento
da Igreja. Ele anunciará o Rei que virá, o Messias de Israel, há muito
prometido, que irá reinar em justiça no trono de Seu pai Davi.
Após o evangelho do reino ter sido pregado (Mateus 24:14),
as nações encontradas dentro das fronteiras das quatro monarquias descritas por
Daniel, no segundo capítulo de sua profecia, serão também incluídas juntamente
com Israel na terra profética. Será a terra profética, e não todo o mundo
geográfico, que será julgado então (Isaías 26:9).
Das quatro monarquias (ou bestas) mencionadas, Babilônica,
Medo-Persa, Grega e Romana, a última será revivida nos últimos dias, quando a
iniqüidade e pecado chegarem ao auge, para fazer desabrochar uma terra
declaradamente oposta a Deus e ao Seu Cristo. Antes que o dia milenial possa
ser totalmente introduzido, o que restar desses orgulhosos instrumentos do
governo e da ira de Deus irá cair, como parte da grande imagem descrita em
Daniel 2. A imagem será totalmente esmigalhada pelo Filho do homem quando Ele
vier para tomar posse de Seu reino em justiça.
O apóstolo Paulo escreve de como "o endurecimento veio
em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado". A
primeira mudança para a terra, vinda da parte de Deus, será efetuada com a
remoção dessa cegueira (Romanos 11:25). Alguns dentre os judeus, chamados de
"sábios" ou inteligentes, provenientes das duas tribos que estarão
retornando à Palestina, ensinarão o remanescente vivificado (Daniel 12:3). O
resultado será um testemunho em Jerusalém. Será neste ponto, ou pouco antes,
que alguma grande potência marítima, provavelmente da Europa, assumirá a causa
dos Judeus, não apenas para levá-los de volta para a sua terra em grande número
(Isaías 18), mas também pode ser que seja o mesmo poder que irá fazer uma
aliança de proteção com eles durante sete anos (Daniel 9:27). O término dos
primeiros três anos e meio desse concerto irá assistir ao rompimento da
aliança, trazendo à cena a grande tribulação sobre as duas tribos que
retornaram. Os primeiros três anos e meio são às vezes chamados de
"princípio das dores".
Provavelmente haverá prosperidade no início quando os ricos
judeus retornarem à sua terra com os tesouros acumulados durante a era cristã
(Isaías 2:7), e a civilização florescerá em Jerusalém e cercanias (Isaías
17:9-11). Um popular líder com antecedentes religiosos se levantará para guiar
o povo. Logo depois se tornará seu rei (Daniel 11:36).
O remanescente judeu
Desde o princípio haverá um remanescente que se distinguirá
das massas do povo. Este remanescente não fará parte da aliança, da adoração e
nem dos sacrifícios, sendo seu sacrifício um espírito quebrantado, o qual o
Senhor não desprezará (Salmo 51:17). Em Jerusalém e nas cercanias, se
levantarão falsos mestres (Mateus 24:24).
Vindo do Ocidente, durante o mesmo período, um grande líder
surgirá em uma brilhante conquista sem derramamento de sangue (Apocalipse 6:2),
subjugando as nações ocidentais, ao menos por um curto período de tempo. A
inquietação com o despotismo irá produzir uma forma de guerra civil (Apocalipse
6:4), talvez diferente das que já ocorreram pelo fato de ser mais caótica e
disseminada; eles se matarão uns aos outros. Essas guerras poderão vir como
resultado de diferenças em questões locais, como trabalho contra capital,
disputas raciais e, à medida que as condições se tomarem mais difíceis, poderão
ser ocasionadas devido à pouca atenção dada aos valores morais, pelo desejo de
prazer e de lucro, sendo estes objetos do homem caído. O dia do prazer e do
lucro já chegou. Quão perto deve estar a vinda do Senhor!
Como conseqüência de um período de prolongada guerra civil e
do dispêndio de energia em guerras desoladoras, a agricultura sofrerá. O
aumento da população, que já se tomou um problema, contribuirá para a fome
generalizada principalmente entre as classes trabalhadoras (Apocalipse 6:5-6).
Visões pavorosas, acompanhadas de sinais do céu, espalharão o terror à medida
que a peste e a morte estiverem varrendo uma parte da terra profética
(Apocalipse 6:8).
Nunca houve uma época em que Satanás não tenha atacado o
povo de Deus, e a época aqui mencionada não será uma exceção. Pode-se ouvir os
mártires, sob o altar, clamando por vingança contra os habitantes da terra
(Apocalipse 6:9-10), que compõem o povo religioso que recusou o céu e não quis
trilhar um caminho de rejeição junto com um Cristo glorificado e ascendido ao
céu, O qual o mundo expulsou. Aqueles outrora privilegiados, havendo se
desviado da verdade, sucumbirão aos enganos de Satanás e se tomarão
instrumentos em suas mãos para perseguir e matar o testemunho remanescente dos
judeus, a todos quantos puderem encontrar. Aos mártires é dito que descansem
até que seus "irmãos" e "conservos" sejam mortos como eles
foram (Apocalipse 6:11).
Satanás expulso do céu
Nesta ocasião do desenrolar profético, Satanás será lançado
fora do céu, descendo à Terra e causando uma tremenda convulsão, principalmente
no Ocidente (Apocalipse 12:7-9). Por já não ter mais oportunidade de agir a
partir do céu, suas energias serão doravante dirigidas a partir da Terra.
Embora esteja pessoalmente presente para dirigir todas as coisas, por ser um
anjo caído, ele não será visto. Ele entrará na arena política, reunindo o
Império Romano, mas numa forma nova e diferente jamais vista antes, com dez
chifres e sete cabeças, sendo estas coroadas (Apocalipse 12:3). A cauda do
dragão (Satanás) arrastará consigo a terça parte das estrelas do céu quando
cair na Terra (Apocalipse 12:4). A "terça parte" representa o Império
Romano, a recém formada coligação de dez nações, mas sem que cada uma delas
tenha um rei como ocorrerá mais tarde no final. O arrastão formado pela cauda
sugere que eles estarão sob um estranho controle religioso, mas imposto por
Satanás, e não pelo céu (Isaías 9:15). O terremoto mencionado é esta troca de
poder sem precedentes, passando completa e politicamente para as mãos de
Satanás (Apocalipse 6:12-14). O objetivo de Satanás, que se seguirá, é ser
adorado na Terra. Sem uma organização eclesiástica Satanás não teria as
ferramentas adequadas para poder agir (Apocalipse 17:7).
Roma, a grande prostituta
A igreja de Roma, chama da de "mulher" em sua
forma governamental (Apocalipse caps. 17 e 18), a "prostituta" na sua
corrupta forma religiosa em que cai e é destruída (Apocalipse 17:1-5), será o
instrumento maduro e pronto para ser usado por Satanás na formação da nova
ordem sobre a Terra, logo após este haver caído do céu (Apocalipse 17). A
igreja de Roma sempre buscou influenciar governos, e é uma organização assim
que pode ser usada para fazer toda a massa da Cristandade prostrar-se na
idolatria e na adoração a Satanás (Apocalipse 18:2). Evidentemente, a
"prostituta" terá "filhos", as denominações protestantes
que adotam os princípios romanistas (Apocalipse 2:23). O movimento ecumênico
poderia ser um embrião disto. Deste modo o mundo político Romano deverá ser
controlado por um governo religioso durante parte dos últimos três anos e meio
dos sete anos da profecia ainda por se cumprir.
Tendo sido o governo subvertido, os homens não terão
proteção. O medo do que está para vir sobre a Terra dominará os homens de tal
maneira que eles serão levados ao desespero, clamando às rochas e montanhas
para que caiam sobre eles para escondê-los da ira do Cordeiro (Apocalipse
6:16). O terror dominará o Ocidente que antes esteve de posse das verdades mais
preciosas que, quando cridas de coração, não somente livram a alma da ira de
Deus, mas também introduzem o mais vil pecador em Seu eterno favor por meio da
fé, concedendo paz mesmo hoje em meio a um mundo tão atribulado (Atos 10:36).
Mas no tempo descrito aqui, estarão encerradas todas as oportunidades de
misericórdia para com esses. O remorso e o terror estarão empenhados na
conquista do âmago do ser humano.
Mas ainda não é chegada a ira do Cordeiro. Este é o trovoar
do juízo, o qual é tão terrível que se aqueles dias não fossem abreviados
nenhuma carne seria salva (Mateus 24:22). Alguma carne será salva; e no
intervalo antes do anúncio de calamidades ainda mais aflitivas, somos
convidados a olhar para o que Deus está fazendo para magnificar Seu grande nome
(Apocalipse 7). Cento e quarenta e quatro mil dentre os filhos de Israel (um
número simbólico), além de um grande grupo de gentios que ninguém poderia contar,
dentre todas as nações, são apresentados como os troféus da graça de Deus a
serem poupados da grande tribulação e a ocuparem um lugar especial no reino.
Estes gentios podem ser as mesmas ovelhas de Mateus 25, que terão crido nos
pregadores judeus que sairão para pregar a todos os gentios da terra profética,
antes que venha "o fim" (Mateus 24:14). As orações dos mártires, já
mencionados, serão então levadas para o céu, dando início aos desnorteantes
juízos que se seguem (Apocalipse 8:3-5).
As oito pessoas dos dias de Noé prefiguram estes que não
apenas serão salvos para comporem a nova terra milenial, mas prefiguram também
aqueles que povoarão a Terra no estado eterno (1 Pedro 3:20).
Se no terceiro selo a classe trabalhadora sentiu a fome,
aqui os grandes homens da terra, os que detém o capital, as classes mais
elevadas, são colocadas sob juízo, caindo suas propriedades juntamente com
eles. Creio que tudo é feito para que sintam o quão pequeno é verdadeiramente o
homem quando Deus tira suas bênçãos diárias, pelas quais o ser humano é tão
ingrato. Todo o orgulho será abatido.
O próximo juízo que cai sobre a terra Romana tem a ver com o
grande poder (montanha) que é lançado sobre as massas do povo, transformando-as
em apóstatas (Apocalipse 8:8-9).
(Apostasia é o abandono de unia posição conhecida ou
professada). O comércio chega então ao fim. Que alarmantes condições engolfarão
(XXX) a terra! A "estrela" que
é vista caindo poderia ser o abandono de qualquer ligação com Deus, mesmo
externamente, por parte de um líder popular do mundo ocidental (Apocalipse
8:10-11). Este poder apóstata toma o controle, afetando até mesmo as fontes e
os canais de vida e bem estar estabelecidos dentro do império. Por meio da
influência popular, a apostasia se tornará parte da administração
governamental, afetando por fim o comprar e o vender (Apocalipse 8:12).
O juízo, ao alcançar os legisladores e se espalhar até os
poderes menores, instigando a apostasia como verdade e a adoração a Satanás
como se fosse Deus, revela o estabelecimento do grande engano. O homem será
deixado sem uma liderança adequada, e não haverá inspiração ou direção em sua
vida privada. As nações que farão parte da terra Romana, juntamente com seus
líderes, terão se desviado de Deus, voltando-se a Satanás, e as massas do povo
seguirão os seus passos. Quão grande a superstição emocional que acabará por
prender o assim chamado mundo cristão!
O anticristo
No Oriente um líder religioso, mais tarde chamado de
Anticristo, irá assumir o controle do povo apóstata de Judá e Benjamim que
tiver retornado à terra (Ap 9:1-11). O primeiro "ai" representa a
sujeição deste líder às entenebrecedoras influências da habitação de Satanás,
encerrando, como numa teia religiosa, a massa apóstata, os judeus que não foram
selados. A luz do céu terá desaparecido - que trevas! "Se, porém, os teus
olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são
trevas, quão grandes serão tais trevas!" (Mt 6:23).
O instrumento usado no juízo das assim chamadas nações
cristãs ocidentais não será nenhum outro além das forças do ateísmo, vistas
então cruzando o Eufrates para atacar o Império Romano provenientes do leste
(Ap 9:12-21). Tanto a espada como o veneno da serpente serão sentidos pelo
Ocidente, quando atingirem o Império. Isto unirá os judeus e a confederação
ocidental em uma só frente contra o inimigo oriental. Não nos é dado a conhecer
os resultados da extensão desses ataques, mas serão suficientes para eliminar
as diferenças entre o Império Romano e o povo da área da Palestina. Deus levará
as nações contra o povo judeu professo. A Assíria dará início às suas
atividades, o que finalmente também a levará ao juízo. Esse poder avassalador
vindo do Norte e do Leste não conseguirá tirar os súditos de Roma de sua
idolatria.
Duas bestas
Uma besta é vista surgindo do mar e seguindo o seu curso por
quarenta e dois meses. É assim armado o palco para o que se segue, a ascensão
das duas bestas em seus derradeiros atos de blasfêmia. A primeira besta é vista
subindo do abismo, e seu poder vem agora diretamente de Satanás (Ap 11:7). Ela
é, em sua última forma, um imperador com dez reis coroados subordinados a ele.
Nesta forma a besta surge para assumir completo controle da Terra e ser
adorada, finalmente, como suprema sobre todos (Ap 13:4). Ela usurpa o direito
de Deus e do Seu Cristo.
Das quatro monarquias, a primeira com a cabeça de ouro foi a
mais gloriosa, terrenalmente falando (Dn 2:37-39). A última, porém, o Império
Romano, deverá brandir o maior e mais cruel poder, mas apenas por um curto
período de tempo (Dn 7:19-21). Ainda assim ela incluirá toda a crueldade que as
outras monarquias simbolizam.
A segunda besta de Apocalipse 13 sai da terra (Ap 13:11),
sendo o seu caráter de alguém que possui dois chifres como um cordeiro,
imitando a Cristo como profeta e rei. Ele é chamado de "rei" pelo
profeta Daniel (Dn 11:36), e toma o lugar do Messias, enganando toda aterra.
Os dois ímpios instrumentos de Satanás, as duas bestas,
serão levantados em sua última forma blasfema durante os juízos da tribulação
para se oporem contra o estabelecimento do reino do Filho do homem. Quando o
profeta vê o Cordeiro sobre o Monte Sião com "cento e quarenta e quatro
mil" (Ap 14:1), o anjo que traz o evangelho eterno convoca a todos para
que dêem glória a Deus, pois é chegada a "hora" do Seu juízo. Serão
esses dois ímpios instrumentos que levarão a grande apostasia dos judeus e da
falsa igreja ao seu clímax. Haverá então uma adoração aberta da besta por meio
do grande engano estabelecido pelo falso profeta, atraindo o juízo que provém
do templo de Deus (Ap 16).
O testemunho público em Jerusalém, onde o Anticristo exerce
sua influência, cessará quando as duas testemunhas forem mortas pela primeira
besta.
Então, por "uma hora" (Ap 17:12), tudo ficará nas
mãos da besta Romana, com os dez reis e o Anticristo judeu. Os dez chifres se
apresentarão coroados e juntamente com a besta, derrotarão a
"mulher", tirando seu poder político e deixando-a só como uma
"prostituta" para se tornar habitação de demônios. Logo depois, ela
será derrubada completamente pelos dez chifres e pela besta.
Caiu a grande babilônia!
A perda, por parte da igreja de Roma, deste poder governamental
que antes lhe estava sujeito é indicado nas Escrituras com a expressão
"caiu a grande Babilônia". Ela se toma então habitação de demônios.
Tal será a condição da igreja professa que antecede sua destruição final. Os
dez chifres faziam antes parte do Império Romano, mas serão coroados e estarão
ativos na destituição do poder govemamental do papado e na entrega de seu poder
à besta, quando esta toma o caráter do que sobe do abismo. Ao entregarem seu
poder à besta, eles podem, em conjunto, atacar o Cordeiro quando vier do céu
para estabelecer o Seu reino.
O poder de Satanás será manifestado primeiro em corrupção
sob a falsa igreja apóstata e então em violência sob a besta que saiu do
abismo. A outra besta que se levanta da terra seguirá a primeira, como já foi
mencionado (Ap 13.11).
A falsa igreja que traz o título de Babilônia a Grande, será
então completamente destruída.
Não é de surpreender que João se espante ao ver o terrível
fim daquela que fora outrora a guardiã da mais elevada verdade que Deus jamais
dera ao homem - para a qual João fora um apóstolo (Ap 17).
Após o primeiro grupo de mártires judeus ser morto (Ap 6:9),
haverá mártires gentios que não receberão a marca da besta e nem a adorarão (Ap
15:2). Estes dois grupos, juntam ente com as duas testem unhas que foram
mortas, serão levantados elevados para seu descanso e recompensa (Ap 14:13).
Após a implacável tirania da última cabeça do Império Romano
revivido (Ap 16.8), o reino da besta começará a desintegrar-se, seus propósitos
serão frustrados e o território perdido para as hordas que virão do Oriente (Ap
16:10,12). Em desespero, irá concentrar seu exército e marinha próximos a
Jerusalém para medir forças com as nações vindas do Oriente e do Norte, que
estarão congregadas em Armagedom para a batalha final do Armagedom (Ap 16:16).
Ele afligirá Assur e Eber, provável referência ao Mediterrâneo e Golfo Pérsico,
com seus navios (Nm 24:24).
O céu será então aberto e o Filho do homem virá, como o
Cordeiro, acompanhado de um cortejo puro e resplandecente, todos montados em
cavalos brancos (Ap 19:11-15). Mas Ele estará vestido com uma vestimenta
salpicada de sangue, Seus olhos como chama de fogo, e sobre Sua cabeça muitas
diademas. É o Cordeiro, e só Ele, Quem executa o juízo sobre os Seus inimigos, aqueles
que pisaram o Seu sangue, aqueles que não receberam o amor da verdade para
poderem ser salvos. A besta e o falso profeta serão então presos sem julgamento
e lançados vivos no lago de fogo (Ap 19:20). Nesta vívida descrição de
Apocalipse 19:18, "todos os homens, livres e servos, pequenos e
grandes", são mencionados como aqueles mortos com a espada que sai da Sua
boca.
Eis que venho como ladrão
Ao mesmo tempo em que Ele vem "como ladrão" (Ap
16:15), Ele é "tremendo para com os reis da Terra" (Sl 76:12). Todos
os que se ajuntarem para batalhar em Armagedom e se opuserem ao Cordeiro quando
vier do céu serão esmagados em veemente vingança quando Ele os passar ao fio da
Sua espada resplandecente. Os rebeldes que se unirem à besta e ao falso profeta
serão mortos na súbita vinda do Cordeiro do céu. O dia do Senhor terá então
começado. Os reis parecem desaparecer de cena e deles não se faz menção daí em
diante (Sl 83).
A vinda do Cordeiro do céu será algo misterioso, como um
ladrão à noite. Trata-se da vingança singular que cairá sobre aqueles que
abertamente desafiaram Seus direitos celestiais sobre todos. O homem de pecado
se sentará no templo de Deus querendo parecer Deus (2 Ts 2:3-4). Isto será um
desafio aberto contra Deus. O Cordeiro enfrentará esse desafio como um
relâmpago. Ele vem como um ladrão à noite. Sem avisar, exceto por Sua Palavra
que já foi dada, Ele matará repentinamente com a espada da Sua boca os
seguidores da besta e do falso profeta.
O Senhor usará anjos para limpar o reino de tudo o que é ofensivo.
Esta limpeza começará em Jerusalém, pois Jerusalém sofreu as maiores lutas.
Cada nação da terra profética experimentará o sopro flamejante da ira do
Cordeiro, além daqueles de fora da terra profética que se intrometeram com o
Seu povo, agora objeto de Sua misericórdia. Todavia, antes de poder mostrar
misericórdia, Ele deve castigar o Seu povo. Sua vara de castigo nos tempos
antigos foi a Assíria, e os assírios serão mais uma vez empregados, juntamente
com outras nações do Salmo 83, para poro Seu povo de joelhos. O Egito tentará
interceptar o primeiro ataque dos Assírios, mas terá que recuar e será
capturado (Is 20). Quando Jerusalém estiver completamente humilhada e os
sacerdotes e anciãos chorarem entre o pórtico e o altar, implorando por misericórdia,
Deus irá então remover os assírios ou o exército do Norte (Jl 2:17-20) e trará
bênção, derramando Seu Espírito entre eles.
Daí para frente a terra será rapidamente limpa. "O
Senhor fará breve a obra sobre aterra" (Rm 9.28). Os inimigos dentro dela
serão tirados de lá, quando Judá voltar para desfrutara bênção do Senhor que
enriquece e não entristece. Assim terminará em juízo a época atual (Jr
25:30-33).
Os pés do Senhor estarão postos sobre o Monte das Oliveiras
(Zc 14:4). Isso não será como quando Ele foi visto vindo do céu para esmagar
Seus inimigos. Nem tampouco será o início de uma nova era. Essa vinda se dará
pela quieta manifestação da Sua Pessoa - "o mesmo Jesus" de Atos! Não
se trata necessariamente de mostrar Suas mãos e Seus pés como acontecerá mais
tarde, mas de uma quieta e ampla abertura do véu, similar à primeira vez que
José se fez conhecido a seus irmãos (Gn 45). Foi ordenado a todos os outros que
saíssem. A manifestação deles a seus irmãos os inquietou. Mais tarde, quando
seu pai morreu e eles estavam habitando em Gósem, e após haverem passado por um
profundo exercício concernente à sua conduta para com José, eles foram
completamente restaurados (Gn 50:15-21). Eles reconheceram aquele que havia
descido até à morte por eles, para que pudesse it adiante deles para
preservá-los em vida.
Os 1.290 dias mencionados em Daniel 12:11, com 30 dias além
dos 1.260 dias relacionados à grande tribulação, dão início à nova era. Haverá
ainda outro curto período de 45 antes que a indignação seja removida de toda a
nação que, neste ínterim, estará voltando à terra por fé. A grande Assíria,
mencionada como sendo Gogue em Ezequiel 38:17, ainda deverá voltar a Jerusalém
para ser destruída, antes que Sião possa ser estabelecida. Todas as doze tribos
retornarão antes que os assírios lancem um segundo ataque a Jerusalém (Is
10:24-34).
Reunidos Para a Batalha
Deus conduzirá todas as nações da terra profética a
Jerusalém para batalharem, de modo que Ele possa derramar sobre elas a Sua
indignação (Sf 3:8). Dessa vez a vara tentará ir além do que Deus havia
ordenado e procurará tomar posse da terra amada (Hc 1:15) medida que o inimigo,
Gogue, avançar como uma'nuvem, o Senhor Se acampará ao redor de Sua casa (Zc
9:8), e Seu povo estará ali habitando em segurança (Ez 38:10-18), tendo em
Jeová a sua confiança. Gogue reunirá toda a Terra como os peixes são reunidos
numa rede (Hc 1:15). As doze tribos que voltaram ficarão a princípio temerosas
e irão ao Egito em busca de ajuda (Is 31:1), mas por fim darão ouvidos aos
mestres que lhes serão enviados (Is 30:18-21), e se resignarão a confiar em
Jeová. Quando os assírios atacarem, o povo encontrará paz em Jeová (Mq 5:5).
As nações que atacarem estarão provavelmente reunidas em um
círculo ao redor de Jerusalém (Jl 3:16; Zc 12:2-3). Gogue virá do norte; Edom,
no sul, terá sido o responsável por essa confederação de nações. Quando começar
a batalha, o Senhor bramará desde Sião contra Gogue e todos os seus exércitos.
A fúria subirá à face de Jeová. Fogo, peste, e a espada serão os meios usados,
e os assírios - Gogue -cairão nos montes de Israel Levará sete meses para
sepultar os mortos - sete anos para queimar a madeira - da batalha. Esse
julgamento das nações em Jerusalém cobrirá cerca de trezentos quilômetros até
Edom (Obadias).
Neste conflito final que decidirá a questão de Sião, Jeová
deverá aparecer em Sua glória de juízo. O trono de Sua glória será estabelecido
então (Is 14:32), e todo olho O verá. "E olharão para Mim, a Quem
traspassaram" (Zc 12:10), e haverá uma lamentação geral como nunca houve
antes, quando entenderem que foram eles que fizeram aquelas feridas. Este é o
dia da expiação (Sl 130). Ele apresentará a Sua Igreja a todos como aquela que
está identificada com Ele como Sua noiva.
O milênio
Enquanto a restituição de todas as coisas acontece,
introduzindo o dia milenial, a índole das criaturas será altera da. O leão
comerá palha como o boi, a criança brincará com a serpente (Is 11:1-9;
65:17-25). O Espírito será também derramado. A terra será repartida de modo que
cada tribo terá sua herança com saída para o Mar Mediterrâneo; algumas chegarão
até o Rio Eufrates e o oriente (Ez 48). Havendo cessado a maldição, a vegetação
florescerá (Am 9:13). Satanás e todos os seus exércitos serão presos por mil
anos (Is 24:21,23). Repouso, paz e prosperidade encherão esse tranqüilo reino,
se estendendo até que o conhecimento do Senhor cubra toda a terra como as águas
cobrem o mar (Is 11:9).
No fim do período milenial de descanso e esplendor, Satanás
será solto para uma última prova do homem. Miríades que estiveram aceitando as
bênçãos dessa era de bondade, mas que nunca tiveram uma aceitação pessoal de
Jeová como Rei e Salvador, seguirão a Satanás quando este enganar todo sos que
não são sinceros em seus corações e os levar a atacar a cidade amada. Logo o
fogo vindo do céu acabará com esses, enquanto Satanás é lançado no lago de fogo
para sempre (Ap 20:7-10).
Chegará então o tempo para o terceiro estabelecimento do
trono. O primeiro foi para recompensar os santos celestiais e lhes dar vestidos
puros e brilhantes (2 Co 5:10; Ap 19:8), o segundo foi para estabelecer o reino
na terra por mil anos (Mt 25:31), e este será para julgar os mortos (Ap 20:11).
Que solene tribunal será aquele. Nenhuma oportunidade para apelação, mas tão
somente a sentença para ser proferida, e isso dos lábios dAquele que poderia
ter sido Salvador deles para livrá-los da eterna condenação. Serão todos
lançados no lago de fogo (Ap 20:15).
Novo céu a nova Terra
Um novo céu e uma nova Terra surgirão no horizonte. Todas as
coisas serão novas, não haverá mais o mar (Ap 21:1-8). Na terra, a cidade
celestial descerá. O próprio Deus enxugará todas as lágrimas; dor e choro
cessarão quando as coisas antigas passarem. Nos céus as diversas famílias, cada
uma em seu lugar, desfrutarão da bondade de Deus que honra aqueles que honram o
Seu Filho, sujeitando-se por graça à Sua Palavra (Ef 2:7). A noiva, agora com
Cristo como Homem, compartilhará para sempre das honras do Filho em casa, na
casa do Pai, enquanto o Pai concede liberalmente Sua sobresselente bondade para
com os filhos que repousam em Seu seio (Ef 3:21).
Talvez você seja um jovem na escola, um jovem pai ou uma
pessoa mais velha. Qual é a sua perspectiva de vida, seu destino - céu ou
inferno? Será que você irá estar naquela luz sem mácula, ou acabará onde o
verme (a consciência) não morre e o fogo (punição eterna) nunca se apaga (Mc
9:41)? Sua escolha é feita agora, neste exato momento, pois este momento pode
ser tudo o que lhe resta. Seja sábio e tome uma atitude para seu bem estar
eterno "antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro,
e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço"
(Ec 12:6). Ele está à porta e bate. Será que você abrirá a porta para Cristo
poder entrar?
Que estas poucas meditações sobre o destino possam servir
para despertar cada coração para compreender quão solene é a vida e sentir a
importância das decisões que toma mos, passo a passo, ao longo do caminho, até
entrarmos nos cenários onde todas as coisas pertencem a Deus, onde Ele nos
reconciliou Consigo mesmo para sempre, desde que estejamos repousando na obra
consumada de Cristo, o Filho eterno de Deus.
Clarence E. Lunden
PERGUNTA: Sem as Denominações não Existiria Evangelismo?
PERGUNTA: SE AS DENOMINAÇÕES NÃO EXISTISSEM COMO O MUNDO SERIA EVANGELIZADO?
RESPOSTA: Você pergunta como o mundo poderia ser evangelizado se todas as denominações deixassem de existir. Existem basicamente dois equívocos em sua pergunta. O primeiro é achar que o Senhor ordenou que denominações fossem criadas desde o princípio para que o mundo pudesse ser evangelizado, achando que os primeiros cristãos estivessem congregados em diferentes denominações.
Alguns até usam os nomes das cidades para as quais são endereçadas as sete cartas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse argumentando que Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia teriam sido organizações ou denominações religiosas. Um conhecimento básico de geografia e uma pitada de bom senso ajudam a perceber que eram apenas cidades onde a Igreja, o único corpo de Cristo, estava congregada ao nome do Senhor Jesus.
Daí as cartas serem endereçadas do modo como foram, "A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos" (Rm 1:7), "À igreja de Deus que está em Corinto" (1 Co 1:2), "...às igrejas da Galácia" (Gl 1:2), "...aos santos que estão em Éfeso" (Ef 1:1), "...a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos" (Fp 1:1), "...aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos" (Cl 1:2).
Não existiam denominações religiosas, os crentes eram identificados apenas pelo nome das cidades onde estavam congregados. Quando o comandante das Forças Armadas quer se dirigir a um determinado agrupamento de soldados ele escreve "ao Quartel ou Tiro de Guerra da cidade tal", e ninguém de sã consciência iria achar que existiriam diferentes Exércitos Brasileiros espalhados por aí. Só existe um e seus soldados podem estar aquartelados em diferentes localidades. O mesmo vale para a Igreja de Deus.
O outro equívoco é a ideia de que pregar o evangelho seja uma atividade da Igreja. Não é e nunca foi, e inclusive a ordem de evangelizar foi dada nos evangelhos, antes mesmo de a Igreja ser fundada em Atos 2. Em Marcos 16:15 Jesus disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.". Ainda que aquela ordem tenha sido dada aos apóstolos na condição de judeus e representando o remanescente judeu fiel que haverá na terra no futuro, em tempos de grande tribulação, ela vale para a Igreja. Basta ver como eram evangelizadores os primeiros cristãos ao longo de todo o livro de Atos.
Mas se reparar nas diversas passagens que falam do evangelismo praticado pelos primeiros cristãos verá que sempre foi uma atividade de indivíduos, não da Igreja ou de alguma instituição "missionária", como as que foram inventadas séculos depois. Evangelizar é responsabilidade dos salvos individualmente e sua ocupação é com os incrédulos. Igreja é a reunião dos Santos, não uma agência evangelizadora, e sua ocupação é com o Senhor.
As atividades da igreja são aprender da doutrina dos apóstolos, celebrar a ceia e orar. O evangelista não tem seu trabalho na igreja (reunião dos santos) mas no mundo. São outros os dons que agem nas reuniões da Igreja e sempre voltados aos salvos, não aos incrédulos. Em Atos 2:42 lemos das principais atividades da assembleia ou igreja reunida: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.". Teria o autor do texto esquecido de incluir "Perseveravam ...na evangelização"? Não, pois são estas as funções da assembleia ou igreja que é reunida pelo Espírito ao nome do Senhor Jesus.
A falta de entendimento do que é igreja e sua função leva a esse equívoco. A maioria dos cristãos enxerga "Igreja" como algum tipo de obra missionária destinada a evangelizar o mundo. Não é. O Senhor disse que o Pai buscava adoradores, não evangelistas. Evangelistas o Senhor não busca, ele dá. Os evangelistas saem pelo mundo à procura de pecadores para lhes falar do evangelho e o Espírito Santo fazer neles a obra de salvação.
Só depois de escutarem e se converterem eles são adicionados à Igreja, o corpo de Cristo, e isso é feito pelo próprio Senhor, não pela pessoa que batiza, por algum líder religioso ou pelo preenchimento de algum contrato ou formulário. "Todos os que creram estavam juntos... Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos." (At 2:44).
Nesta passagem a seguir Deus procura adoradores: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4:23-24). Nesta outra diz que o Senhor não busca evangelista, mas ele próprio os dá, como também os outros dons: "Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores" (Ef 4:10-11).
A Igreja é reunida pelo Espírito Santo ao próprio Cristo, não a um nome inventado pelos homens, mas ao único NOME que Deus deu para identificar os salvos, o nome de Jesus. Meu pai não teria ficado nem um pouco feliz se eu tivesse adotado um sobrenome diferente daquele que herdei dele, e o Senhor não fica nem um pouco contente quando vê cristãos se identificando pelos nomes das milhares de divisões da cristandade. Depois de ler a passagem a seguir verifique seu coração para ver se tem o mesmo sentimento do Senhor em preservar a unidade do Espírito:
"Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.... a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim... Porque, onde estiverem dois ou três reunidos EM MEU NOME, aí estou eu no meio deles... esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo." (Jo 17:20-21, 23; Mt 18:20; Ef 4:3-5).
No judaísmo o Nome do Senhor era o lugar, e esse lugar era assinalado geograficamente e plotado em Jerusalém, num Templo de pedras. O Senhor disse em Deuteronômio 12:11: "Então haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu nome; ali trareis tudo o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que fizerdes ao Senhor.".
Mas chegaria um tempo quando o Nome continuaria sendo o lugar de reunião dos santos, mas não seria mais Jerusalém ou qualquer ponto geográfico. As pessoas não estariam mais reunidas em um Templo físico, mas elas próprias seriam o templo de Deus em Espírito. Jesus disse:
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4:20-24).
Foi isso que o Senhor ensinou em sua conversa com a mulher samaritana, uma gentia como todos os que, junto com judeus, seriam acrescentados ao Corpo de Cristo formando um terceiro grupo de pessoas na terra, ao qual Deus passaria a chamar de "Igreja de Deus". Paulo esclarece isso: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem à igreja de Deus." (1 Co 10:32).
Por Mário Persona
Furacão Graça
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sábado, 1 de agosto de 2020
Descanso ou continuação do estresse?
"E ele (Jesus) disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer." [Marcos 6:31] https://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/6/31+)
Descanso ou continuação do estresse?
No início do verão e das férias, nos locais turísticos, todos os dias são propostas diferentes atividades: recreação, feiras, passeios noturnos, vários shows. Tudo está bem organizado para que os dias sejam repletos de atividades. As férias são feitas para descansar, mas certamente não é necessário ficar entediado!
O cristão se lembra das palavras de Jesus, que convidou seus discípulos a descansarem perto dele, em um lugar separado. Longe das turbulências do mundo, de suas atividades estressantes e de suas diversões, sabemos que o verdadeiro descanso é o da consciência e do coração, perto de Jesus. O repouso da consciência é encontrado ao crer que "o sangue de Jesus Cristo... nos purifica de todo pecado" (1 João 1: 7), e que "então, justificado pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5: 1).
O resto do coração é vivido em comunhão com o Senhor. Na tarde de sua ressurreição, no primeiro dia da semana, o Senhor Jesus apareceu aos seus discípulos e disse: "A paz esteja convosco" (Lucas 24:36). Mostrou-lhes as mãos e o lado perfurado na cruz, marcas do preço pago para resgatá-los. Pouco depois, Ele se apresentou a eles na margem de um lago, preparou um peixe para eles e disse-lhes: "Vinde, comei" (João 21:12).
Se tivermos férias, aproveitemos para compartilhar com nossos filhos, com irmãos na fé, para recuperar nossa força perto daquele que disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." (Mateus 11:28)
Leitura: Jeremias 5 - Lucas 12: 41-59 - Salmo 89: 38-45 - Provérbios 20: 18-19
© Editorial La Buena Semilla, 1166 PERROY (Suiza)
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