Abraão, considerado um grande
profeta, é um homem muito admirado no mundo todo por judeus, cristãos e
muçulmanos. Os judeus inclusive o chamam de“nosso Pai Abraão” (Jo 8:53), o
patriarca, de onde vieram Isaque, Jacó e todas as tribos de Israel. No Novo
Testamento, inclusive nas cartas dos apóstolos, Abraão é mencionado várias
vezes como um homem de fé. Mas o que tem esse homem de tão especial para ser
assim tão conhecido e estimado por tantos?
Atualmente existem grandes
homens que são admirados por sua riqueza, influência e poder. Homens que tem
grande poder de decisão seja na política, nos negócios, no mundo religioso,
onde agem com grande influência sobre as massas. Há também homens e mulheres
com grande prestígio nas artes. É comum vermos, por exemplo, artistas de cinema
ou TV tão influentes, que passam a ser grandes formadores de opinião. E existem
também aqueles que têm poderes específicos. Uma vez vi numa reportagem da CNN
uma jornalista dizendo que o líder da Coreia do Norte — um país minúsculo, mas
que possui poderio atômico — havia conseguido deixar em alerta exércitos de
grandes países só com palavras de ameaça. A jornalista falava que o líder
coreano, apenas fazendo ameaças com seu poderio atômico, havia vencido, e que
seu exemplo seria logo seguido por muitos tiranos em busca de poderio militar.
Portanto, vemos que existem pessoas que tem poder, riqueza e influência.
E Abraão, terá sido ele um
homem rico? Sim, existe uma passagem na Bíblia, mais especificamente em Gênesis
13:2, que diz que “era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro”. Era
também um homem influente. Quando os fariseus aparecem nos Evangelhos
rechaçando as afirmações do Senhor Jesus, eles perguntam a Jesus: “És tu maior
do que o nosso pai Abraão?” (Jo 8:53). Para eles não havia ninguém maior que
Abraão, nenhum homem era mais influente que o patriarca. Havia Moisés,
obviamente, que havia lhes dado a Lei, mas Abraão era a base de tudo. Tanto que
uma das histórias que o Senhor Jesus conta, e é uma história verídica e não uma
parábola, porque Jesus cita nomes, é a história do rico e de Lázaro. E nessa
passagem da de Lucas 16:19-31 Deus é apresentado como “Pai Abraão”, ali
representando a figura de Deus, de tão influente que esse homem foi e continua
sendo para os judeus e para esses grupos religiosos mencionados anteriormente.
Abraão tinha também poderio
militar. Vimos um homem com um exército pequeno, comparado às grandes
potências, líder de um país igualmente minúsculo e pobre, que é a Coreia do
Norte, conseguindo colocar em alerta nações poderosas. Abraão era também um
homem pequeno em relação aos poderes da sua época. Mas quando Ló, o sobrinho de
Abraão, foi sequestrado, Abraão juntou seus criados nascidos em sua casa, que
eram trezentos e dezoito homens, e armou-os. O que é um exército de trezentos e
dezoito empregados transformados em soldados? Nada! Mas foi com esse pequeno
exército que ele combateu e venceu quatro reis! Então, de alguma forma, esse
homem tinha também poder estratégico, pois sabemos que as guerras antigamente
dependiam de grandes exércitos, diferente de hoje, quando já não se precisa ter
uma grande tropa. Veja só o exemplo das onze pessoas que explodiram prédios nos
Estados Unidos e criaram uma enorme crise mundial, jogando aviões que nem eram
militares nem bombas, contra alvos onde estavam milhares de pessoas. Hoje o
terrorismo é um poder tremendo. O próprio estado de Israel que existe
atualmente é um estado fundado com base em terrorismo. Os líderes de Israel
hoje foram terroristas no passado e conquistaram seu espaço dessa maneira.
Portanto Abraão tinha
riquezas, influência e poder, mas é por isso que ele é admirado? É por isso que
ele é um homem que aparece tantas vezes nas escrituras? Não. A marca que Abraão
traz é que ele era um homem de fé. Isso o tornava peculiar. A sua história é
muito bonita e pode ser lida a partir de Gênesis, capítulo 12, onde há várias
passagens que contam episódios da vida de Abraão. Tudo começou quando ele ainda
vivia numa cidade chamada Ur, no meio do povo caldeu. Ur era uma das cidades
mais evoluídas da época, e os caldeus um dos povos mais desenvolvidos da
antiguidade. Até hoje aquela civilização é estudada e admirada, e sempre são
descobertas mais ruínas escondidas e muitos escritos em tabletes de argila.
Certo dia, Deus chamou Abraão para fora de Ur e lhe disse:
“Sai-te da tua terra, da tua
parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei
uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma
bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;
e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12:1-3).
Se eu dissesse a alguém que
existem grandes oportunidades de negócios no Rio de Janeiro, e que essa pessoa
deveria sair agora de sua cidade e mudar-se para o Rio, ela poderia se informar
melhor sobre a minha sugestão e concluir que seria mesmo ser uma boa ideia. Ela
pesquisaria e descobriria que algum evento de grande importância, como a Copa
do Mundo ou as Olimpíadas, iria acontecer ali atraindo grandes empresas e
gerando muitas possibilidades de negócios naquela cidade. Isso ajudaria essa
pessoa a tomar a decisão de ir. Ou eu poderia auxiliar uma outra pessoa a mudar
para um determinado país, porque agora seria uma boa oportunidade de seus
investimentos darem mais rendimentos ali.
Mas o que Deus efetivamente
falou a Abraão foi: “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu
pai, para a terra que eu te mostrarei”. Ou seja, Deus não deu um destino para
Abraão. Isso seria algo como eu dizer a você: “Prepare-se, saia de sua cidade e
vá, porque terá grandes negócios lá”. Aí você perguntaria: “Mas lá onde?!”, e
eu responderia: “Lá. Vá, ponha a mudança no caminhão e saia, quando você
estiver na estrada eu ligo para você para dizer o lugar”. Você não poderia agir
de forma assim tão impulsiva, saindo com todas as suas coisas sem saber o
destino. Mas foi o que Abraão fez, e por isso ele é considerado um homem de fé.
A história de Abraão é contada no Antigo Testamento, mas na Carta aos Hebreus,
quando são mencionados vários homens e mulheres de fé, Abraão é um deles. “Pela
fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por
herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hb 11:8).
Nos dias de hoje a palavra
“fé” é muito usada, e muitos dizem: “Você precisa ter fé que vai dar certo,
confie em si mesmo, siga seu coração, confie em si mesmo”. Ora, como vou
confiar nessa ruína que sou? Não posso confiar em mim mesmo! Seguir meu
coração? Nem pensar! Meu coração já traçou destinos que se eu tivesse seguido
teria sido muito pior do que a situação na qual me encontrava antes de dar esse
passo de “fé no coração”. Mas Abraão saiu com base em um comando dado por Deus.
Para ir aonde, a qual endereço? Ele saiu sem saber para onde ia! Lemos em
Hebreus 11:9 que “pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia,
morando em cabanas”. Existe uma definição na Bíblia para a palavra fé, no
versículo 1 do mesmo capítulo de Hebreus 11, e ali diz que “a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”. Fé
é o firme alicerce das coisas que se esperam.
Normalmente em ciência, a
prova vem pelo visível, pelo que é experimentado. A prova vem pela experiência
e comprovação de uma teoria. Já o fundamento da fé, são coisas que se esperam.
Você ainda não as tem, é a prova das coisas que você não vê. Por isso chama-se
fé, e não vista, visão. A questão fundamental não é quanta fé eu tenho, se
muita ou pouca, a questão é onde eu coloco a minha fé. Onde coloco essa
esperança, essa confiança. Posso ter fé numa grande parede por exemplo, mas
como fé numa parede, vai me ajudar? O que a parede pode fazer por mim? Talvez
você me diga que possui uma imagem de “Santo Fulano” em sua casa e tem grande
fé nela. Mas você precisa frequentemente tirar o pó que se forma sobre ela,
certo? Se aquela imagem não consegue nem tirar o pó de si mesma, como poderia
fazer algo por você? Outra pessoa poderia dizer: “Tenho fé no pé de coelho que
carrego num chaveiro e me dá uma sorte tremenda”. É mesmo? Será que você não
percebeu que o coelho tinha quatro pés de coelho e isso não lhe deu sorte
nenhuma? Ele foi morto assim mesmo. Portanto, não é a fé que importa, mas onde
eu a coloco.
Abraão creu. Deus o chamou e
este, pela fé, crendo no invisível, crendo no que Deus disse, saiu da sua terra
e foi pelo caminho esperando Deus indicar aonde iria levá-lo. “Pela fé habitou
na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e
Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa”, diz o versículo 9 de Hebreus 11, e
continua: “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus” (Hb 11:10). Sua fé e esperança tinham como alvo a cidade que
tem fundamentos, projetada e construída por Deus.
Portanto temos duas coisas
muito importantes aqui. Primeiro, a fé é a prova das coisas que se não veem;
lembre-se de que Abraão saiu sem enxergar. Mas a fé também é o firme fundamento
das coisas que se esperam. Abraão tinha uma esperança que Deus deu a ele, a
terra. Deus deu uma ordem, “Vá!”, e ele foi, esperando chegar nessa terra que
Deus iria indicar. Nos versículo 11 e 12 lemos ainda que “pela fé também a
mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade;
porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido. Por isso também de um,
e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu,
e como a areia inumerável que está na praia do mar.”.
Um já amortecido, o que está
sendo dito aqui? Que Sara era uma idosa e Abraão um homem centenário. Os dois
eram muito velhos quando tiveram um filho, Isaque. Eles não estavam, como se
fala hoje, na “terceira idade”, como se costuma dizer. Estavam na quarta ou
quinta idade. Nem na “melhor idade”, uma expressão muito utilizada hoje na
tentativa de mascarar a velhice. Só se for “melhor idade” para médicos,
hospitais e laboratórios farmacêuticos, que venderão mais consultas, cirurgias
e medicamentos. Ou talvez seja mesmo a “melhor idade” porque irá terminar logo,
com todas as suas fraquezas, dores e perda de memória. A Bíblia não chama a
velhice de “melhor idade”, mas de “maus dias”. Ela diz: “Lembra-te também do
teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem
os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento” (Ec 12:1).
Isso mesmo, é a “pior idade”, quando as coisas começam a falhar. A continuação
da passagem descreve como os olhos, os ouvidos, os dentes, a saúde e tudo mais
vai decaindo até o colapso final.
Foi nesse estado de
decadência, de amortecimento de que fala o texto, que aquele casal de idosos
teve um filho, um milagre de Deus que havia sido prometido a eles. E Abraão
creu naquela promessa. É certo que num determinado momento ele duvidou, e até
Sara o influenciou para que tivesse um filho de sua serva, mas esse filho não
era o cumprimento da promessa que Deus havia feito, dizendo que sua
descendência seria como estrelas.
Onde Abraão foi buscar forças
ou segurança para crer em Deus tanto assim? Primeiro, ele creu na Palavra de
Deus, naquilo que Deus falou. Se abrirmos a Bíblia em Gênesis, veremos que Deus
já havia conversado com ele algumas vezes antes. O capítulo 15 de Gênesis
começa dizendo: “Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em
visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo
galardão”. Aqui ele ainda se chamava Abrão, mas seu nome seria mudado mais
tarde para Abraão. O dicionário diz que “Abrão”, em hebraico, significa “pai
elevado”, “pai ilustre” ou “pai excelso”. O significado de Abraão seria “pai de
uma multidão” ou “pai de muitos”.
"Depois destas coisas
veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o
teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse Abrão: Senhor Deus, que me
hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno
Eliézer?” (Gn 15:2). Ele teria que deixar toda sua riqueza como herança para o mordomo
de sua casa, pois não tinha descendência. Para alguém vivendo no tempo dos
patriarcas a descendência era uma coisa importantíssima, pois era a certeza de
transmitir sua herança ao longo da sua genealogia. O diálogo entre Abrão e Deus
continua: “Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um
nascido na minha casa será o meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a
ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas
sair, este será o teu herdeiro.” (Gn 15:3-4). Em seguida temos uma passagem
maravilhosa: “Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as
estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E
creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o
Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para
herdá-la” (Gn 15:5-7). Repare que Deus leva Abrão para fora da tenda, e lhe
diz: “Olha agora para os céus”.
Uma das grandes diferenças
entre o ser humano e um animal, é que o animal não olha para o céu. Talvez um
macaco, na árvore, levante sua cabeça ao ouvir o grasnar de uma águia, mas os
animais geralmente são encurvados. Mesmo a girafa, que é um animal tão alto,
está sempre procurando comer as coisas que estão na árvore à sua frente, ou se
encurvam para beber água que está abaixo de si, mas não é natural olharem. Os
quadrúpedes, como a vaca ou o porco estão sempre pastando ou chafurdando a
lama, olhando para o chão. Animais de rapina olham adiante de si, no máximo
para as árvores em busca de uma presa. O que importa para eles é o aqui e o
agora, são as coisas que acontecem na terra, não nos céus.
“Olha agora para os céus!”,
diz Deus a Abraão, e eu pergunto a você: Para onde você está olhando agora?
Onde busca a resposta para o seu destino? Onde quer ir morar? Pergunto porque,
como já disse, nosso corpo está se deteriorando e a morte é apenas uma questão
de tempo. Nenhum de nós fica aqui para semente; nenhum de nós encontrou a fonte
da juventude para viver perpetuamente neste mundo. Todos nós saímos da fábrica
com prazo de validade. Quando compramos um medicamento, olhamos a data e temos
um prazo de validade para tomá-lo. Alguns têm um prazo mais longo ou mais
curto. Assim acontece também com os alimentos. O leite, por exemplo, deve ser
logo utilizado depois de aberta a embalagem, que é chamada de “Longa Vida”, mas
também tem uma data limite para consumo. Se você não usar logo o leite vai
talhar, vai azedar. Nós também azedamos! Temos prazo de validade, e qual é a
sua data de vencimento? Quanto do seu prazo de validade você já consumiu?
Nenhum de nós pode dizer. “Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória
do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor” (1 Pe 1:24).
Lembro-me de uma história que
meu pai costumava contar. Ele falava de um amigo seu, homem saudável, muito
forte e rico, cuja mulher vivia doente e passava muitos de seus dias enferma na
cama. Seu marido costumava dizer a ela que, quando ela morresse, ele iria fazer
isso e aquilo, que iria preparar dessa ou daquela maneira o seu funeral e
coisas do tipo. Afinal, ela vivia pendurada por um fio entre a vida e a morte.
Nem preciso falar o que aconteceu, certo? O marido se foi e a esposa ficou
ainda muitos anos vivendo num leito de enfermidade, vindo a falecer bem depois
dele.
E você, qual é a sua data de
validade? O que acontece depois que essa data vence? Um medicamento ou um
alimento, vencida a data de validade, é descartado, tal qual nosso corpo, que é
descartado na sepultura. Mas não somos apenas corpo. Somos espírito alma e
corpo. Somos um ser tripartido. O nosso corpo é essa parte visível, e na nossa
alma é onde habitam os nossos sentimentos. Um cachorro também tem alma, porque
ele tem sentimentos, fica triste ou contente, mas há algo que nos distingue de
todos os seres vivos: temos um espírito. Esse espírito que Deus nos deu desde a
criação do primeiro ser humano serve principalmente para termos comunhão com
ele; é a nossa ligação com nosso Criador. Portanto, somos seres tripartidos.
Observe a música, que nos
afeta de três maneiras diferentes. Quando ouvimos uma música muito ritmada ela
afeta nosso corpo. A parte mais baixa da música, se é que podemos falar assim,
a parte menos nobre, é o ritmo, a cadência. Quando você entra num ambiente em
que está tocando um batuque, logo você está balançando seu corpo, batendo o pé
no chão ou os dedos numa mesa sem perceber. Você entra no ritmo porque seu
corpo tem essa capacidade. Mas então, vem a melodia. Um violino, uma guitarra,
um piano, um som bonito, harmonioso. Aí você é tocado nas suas emoções, o que
significa que sua alma está sendo tocada. Quando você escuta as palavras, a
letra da canção, você é tocado naquela parte mais elevada do seu ser, o seu
espírito. Animais podem até ser influenciados pelo ritmo e pela melodia, mas
não são tocados pelas palavras de uma canção. Nunca vi um cão emocionado com a
letra de uma canção, mas o ser humano sim. O ser humano ouve a música na sua
plenitude; ele balança o corpo com o ritmo, se emociona com a melodia, mas é a
parte inteligente dele, a parte que realmente Deus colocou no homem, que faz
toda a diferença: seu espírito, é tocado pelas palavras.
Portanto somos esse ser tão
complexo que, mesmo assim, um dia morrerá. Nosso corpo vai para a sepultura e
nossos sentimentos permanecerão com nosso espírito, que volta para Deus. Talvez
você diga: “Ah, então está bom assim, eu vou para Deus”. Bem, não é assim tão
simples. Por causa do pecado que entrou na humanidade, todos nós nascemos réus.
Por sermos pecadores não podemos ter comunhão com Deus. Deus, que é um justo
juiz, precisa julgar o pecado.
Se na sociedade em que vivemos
esperamos que um bom juiz julgue os crimes, os erros e ilegalidades que os
homens praticam, então queremos também que Deus seja justo. E ele é! Todavia a
justiça exigida por Deus é inalcançável, inatingível para qualquer homem em sua
condição de pecador. Nenhuma pessoa é capaz de viver cem por cento uma vida
agradável a Deus; só um homem foi capaz de fazer isso, por ele ser Deus e
homem. Falo de Jesus, Filho de Deus, quando se fez carne e veio ao mundo para
viver aqui. Ele se fez carne porque já existia antes, pois ele é o Filho eterno
de Deus que se tornou homem. E foi como um homem perfeito que ele caminhou aqui
até o fim de sua vida. Até o sucesso da sua caminhada? Não. Até ser pregado
numa cruz por nós, suas próprias criaturas. Isso foi o que o ser humano fez com
o Filho de Deus.
Lemos os jornais e nos
espantamos com tanta crueldade, tantos crimes, tanta corrupção e coisas
medonhas, mas, que crime medonho todos nós cometemos? Pegamos o Filho de Deus e
o pregamos numa cruz. Esse foi o pior crime que o ser humano poderia cometer. “Mas
eu não estava lá”, você poderia argumentar. Não estava por força das
circunstâncias, mas se estivesse, estaria também bradando: “Crucifica-o!
Crucifica-o! Soltem Barrabás”. Assim somos nós, todos nós. Muitas daquelas
pessoas que vemos nas páginas dos jornais, que cometeram atrocidades, são
bandidos profissionais, mas não foram sempre assim. Um dia foram crianças
adoráveis, brincando, jogando bola, correndo, e só mais tarde se transformaram
em bandidos. As pessoas costumam dizer que a culpa é do meio social em que
viviam, das influências externas, das más companhias. O meio social?
Influências externas? Más companhias? Quantos crimes você já viu acontecerem
nas classes mais altas sociedade? Quantos crimes você já viu cometidos por
pessoas com curso superior? Quantas pessoas saídas de famílias normais e
respeitadas se transformaram em corruptos e criminosos?
Qualquer um de nós é capaz de
cometer um ou mais crimes, porque temos o pecado dentro de nós. Se algum dia
você já pensou em praticar algum crime, em cometer algum pecado, isso significa
que você também tem a capacidade de executar seu intento. Ou talvez influenciar
ou até contratar alguém para fazê-lo. Considerando que o próprio pensamento já
é pecado para Deus, pois ele também lê nossos pensamentos, então somos por
natureza pecadores perdidos e condenados a perdição. Não há um que possa sair
desta terra e entrar na presença de Deus alegando que andou aqui em perfeita
justiça e obediência a Deus, que nunca praticou um mal, que nunca teve um
pensamento ruim. Será que você nunca maquinou o mal em sua mente? Nunca mentiu?
Nunca praticou algo que precisou se retratar ou de que se arrependeu mais
tarde? Todos são assim, e eu e você também.
Cada coisa que praticamos Deus
tem registrada. Nós também gostamos de registrar a nossa contabilidade, fazemos
diários, registramos o nosso dia a dia nas redes sociais, inclusive com fotos
dos lugares que visitamos, das pessoas com quem estivemos ou dos esportes que
praticamos. É claro que ali você não publica coisas que poderiam comprometer ou
denegrir sua imagem, mas só as coisas boas e bonitas. Você publica a foto que
tirou em sua viagem na Europa, aparece num ‘selfie’ ao lado de alguma
personalidade ou talvez entregando um ramalhete de flores para sua amada. Mas e
as coisas podres de seu dia-a-dia, as coisas sórdidas que só você sabe que
pensou ou praticou, os subornos que deu ou recebeu? Você não publica, mas pode
ter certeza de que elas estão registradas na ‘rede social’ de Deus! Ele grava
todas as coisas em seus livros, Deus tem tudo anotado. Nada escapa aos seus
olhos e ouvidos, portanto se tivermos de nos encontrar com Deus como nosso Juiz
estaremos perdidos. O que fazer então? “Conheça-te a ti mesmo”, dirá uma das
máximas da sabedoria humana. Eu conheço a mim mesmo e eu sou uma droga. No meu
interior sou péssimo, sou horrível! “Evite ter pensamentos negativos!” É mesmo?
Você consegue? Então me diga um pensamento negativo que não devo ter. Pronto,
você acaba de pensar negativamente.
Quando Deus escolheu Moisés
para ir até Faraó, como um enviado para libertar o povo hebreu que estava
escravizado no Egito, Deus deu a ele inicialmente dois sinais para Moisés
excutar na presença de faraó. Mais tarde, Deus lhe daria outros que seriam as
pragas que cairiam sobre o Egito, caso faraó não se arrependesse e se recusasse
a deixar o povo sair do Egito. Primeiro, Moisés lançaria sua vara ao chão e ela
se transformaria numa serpente, o que supostamente faria com que faraó ficasse
impressionado e deixasse o povo ir embora. Havia, porém, um outro sinal. Deus
disse a Moisés para enfiar sua mão no peito por dentro de suas vestes. Quando
ele fez isso, a sua mão saiu leprosa. Então Deus pediu que ele enfiasse
novamente a mão no peito, e quando a tirou, estava de novo limpa. Deus disse a
Moisés para fazer essas duas coisas, mas ele, quando estava diante de Faraó,
fez somente um sinal: Jogou sua vara no chão e esta se transformou em uma
cobra, como Deus havia dito. Mas os magos de faraó, usando de poder satânico,
também o imitaram. Moisés não mostrou o outro sinal. Claro, nós não gostamos de
mostrar o que há em nós, pois na Bíblia a lepra é uma figura do pecado, e o que
Deus estava mostrando a Moisés era que ele era um pecador; que ele estava podre
por dentro, estava leproso. Obviamente Moisés não queria mostrar isso para
ninguém. Nós mantemos as aparências, mas por dentro, somos condenáveis.
Então, onde buscar o recurso?
Dentro de nós? Não, esqueça! Fora de nós? Se um pastor ali na esquina faz
milagres e coisas incríveis, ele vai me ajudar a ser salvo? Não, ele é igual a
você. Não há um que não peque! A Bíblia diz que não há um homem que não seja
pecador, então não há recurso nem dentro e nem fora de você. Se olhar para o
chão, como um animal, para esta terra em volta de você, não irá encontrar socorro.
Para onde olhar então? “Olha agora para os céus”, disse Deus a Abraão, “conta
as estrelas, se as podes contar” (Gn 15:5). É para lá que devo olhar, buscar
nos céus, na habitação de Deus, o meu recurso, a minha salvação. E Abraão
levantou os olhos para os céus, creu em Deus e isso lhe foi depositado em
conta, como justiça.
O problema é que, se
levantarmos os olhos, o que pode vir sobre nós da parte de Deus? Acabei de
dizer que somos pecadores, portanto o que podemos esperar de Deus sendo
pecadores? Juízo, claro! Deus condena o pecado e precisa condenar o pecador. Se
você tivesse de se encontrar com Deus agora mesmo na condição de réu culpado, o
que poderia esperar dele além de justiça? Ora, diga a um réu, diga a um
facínora qualquer, que você vai levá-lo até o juiz. O que você acha que uma
pessoa assim irá esperar do juiz? Só a condenação. O réu sabe que não sairá da
cadeia, e nos países onde existe a pena de morte ele sabe que esse encontro
pode significar o seu fim. Então você levanta seus olhos para os céus. O que
poderia lhe ajudar vindo dos céus?
Há uma outra passagem na
Bíblia onde Abraão também precisa levantar os olhos para enxergar. No capítulo
22 de Gênesis encontramos Abraão agora já com seu filho Isaque crescido. Deus
cumpriu sua promessa de lhe dar um filho, porém está prestes para colocar
Abraão à prova para testar sua fé. Deus lhe diz: “Toma agora o teu filho, o teu
único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em
holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22:2). O que é um
holocausto? É amarrar um animal num altar em cima de uma pilha de lenha e pôr
fogo. Abraão não hesita em cumprir uma ordem que para qualquer um pareceria
loucura. Por que? No Novo Testamento descobrimos a razão. Existe uma passagem
que diz que Abraão cria tanto em Deus, ao ponto de ter certeza de que Deus era
capaz de trazer seu filho de volta dos mortos. “Pela fé ofereceu Abraão a
Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o
seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência,
considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; e daí
também em figura ele o recobrou.” (Hb 11:17-19).
Isso é fé! O mesmo Deus que
lhe havia dito para levantar os olhos para os céus, que lhe daria um filho, e a
sua descendência seria como as estrelas do céus; o mesmo que prometeu a ele um
filho quando ele e sua esposa já eram idosos, era o mesmo que agora pedia a
Abraão para levantar os olhos para enxergar o local onde seu filho deveria ser
sacrificado em holocausto. Esse mesmo Deus, que fez um milagre quando Abraão
levantou os olhos da primeira vez, poderia desta vez também fazer um milagre e
trazer seu filho de volta da morte. Assim Abraão obedeceu.
Esse holocausto, porém, tinha
que ser sobre uma das montanhas que Deus iria lhe mostrar, portanto uma vez
Abraão sai por fé, mesmo não sabendo para qual montanha se dirigia. Ele vai
caminhando, levando, além do seu filho, dois empregados, a lenha para o
holocausto, uma faca para matar a vítima e fogo para o holocausto. No versículo
4 de Gênesis 22 lemos: “Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o
lugar de longe.”. Mais uma vez ele precisou levantar os olhos para ver o lugar
de Deus; para ver a montanha que Deus havia escolhido para o sacrifício ser
oferecido. Ali Abraão amarra seu filho sobre uma pilha de lenha e está a ponto
de matá-lo, quando um anjo do Senhor lhe brada, desde os céus, no versículo 11,
“Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão
sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não
me negaste o teu filho, o teu único filho. Então levantou Abraão os seus olhos
e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e
foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu
filho.” (Gn 22:11-13). Mais uma vez Abraão precisou levantar os olhos para
enxergar, porém desta vez o carneiro preso pelos chifres num arbusto. O
sacrifício que Deus exigia era Isaque, mas ele proveu um substituto para o
menino, o carneiro. Mas para isso Abraão precisou escutar a voz de Deus e
levantar os olhos para enxergar.
E qual carneiro poderia ser o
meu e seu substituto? Qual cordeiro é chamado na Bíblia de “O Cordeiro de Deus”?
Quando o Senhor Jesus começa seu ministério, por volta dos 30 anos de idade,
João Batista o vê, aponta para ele e diz às pessoas que estão em volta: “Eis o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Ali estava o verdadeiro
Cordeiro que seria sacrificado de uma vez para sempre no lugar do ser humano
pecador. Isso aconteceu também em um monte, o monte calvário ou “Caveira”, que
era o lugar onde os criminosos eram executados fora de Jerusalém. Ali
encontramos o relato de três cruzes. Numa delas está Jesus, o Salvador,
morrendo na cruz, julgado pelos homens, condenado à morte. Num determinado
momento daquela cena terrível de muita dor e muito sofrimento, vemos nos
evangelhos que houve trevas sobre toda a terra. Naquele momento, dos mesmos
céus para onde Deus mandou Abraão olhar vinha, não uma benção, não uma
libertação, não uma salvação para Jesus, mas sim, o fogo do terrível juízo de
Deus, que caiu sobre o Filho de Deus feito pecado ali por nós. Naquelas três
horas de trevas ele recebeu sobre si o juízo pelos pecados de todos os que nele
creem. Ali estava o Cordeiro preso, não nos arbustos, mas num madeiro
substituindo o homem pecador, para que todo aquele que viesse a crer nele,
fosse salvo.
Deus efetuou essa obra porque
viu que não havia salvação para nós. Não havia uma maneira de nos salvar, a não
ser entregando o seu próprio Filho como sacrifício, do qual Isaque é um tipo.
Mas naquela cena do Antigo Testamento ele acaba salvando Isaque da morte ao
substituí-lo por um carneiro preso pelos chifres em um arbusto. Na realidade
para a qual aquele tipo apontava não houve ninguém para substituir o Filho de
Deus. Ele precisou morrer para ser o substituto do pecador.
Você talvez pergunte se antes
de Cristo não havia um cordeiro, não havia um Salvador. Sim, havia e era o
mesmo Jesus, o Cordeiro, “conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas
manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pe 1:20). Os que viveram
antes de Cristo e se reconheceram pecadores incapazes de se salvarem a si
mesmos, depositando na misericórdia e graça de Deus sua esperança, ou seja,
“olhando para os céus”, foram salvos pelo sacrifício que Deus faria no seu
devido tempo. Os que hoje são salvos igualmente pela fé, buscando em Deus nos
céus a fonte de sua salvação, são salvos por uma obra já consumada. A cruz é um
marco da história da humanidade. Antes de Cristo, todas as pessoas que morreram
crendo que Deus iria prover uma solução para o pecado, e de uma certa forma,
crendo então nesse cordeiro sacrificado, foram salvas. Depois de Cristo, todas
as pessoas hoje que creem em Jesus como seu Salvador, que aceitam pela fé o
destino que Deus dá a elas, são salvas pela cruz.
É como se Deus dissesse, tanto
antes como depois do Calvário, para todo aquele que busca por um recurso nos
céus: “Creia no meu sacrifício, no meu Filho, e levarei você para o céu”.
Alguém poderia argumentar que aqueles que vieram ante de Cristo não faziam
ideia de como seria esse sacrifício, mas do mesmo modo os que vieram depois
também só têm a Palavra de Deus onde se firmarem. Acaso você estava lá? Você
viu a cruz e Jesus pregado nela? Testemunhou as horas de trevas? Não, você só
sabe de tudo isso porque a Palavra de Deus preservou isso até os nossos dias.
Você deve crer nessa Palavra como Abraão creu nela em seus dias, e é por isso
que se chama fé! Não se chama vista. Todo aquele que hoje crê em Jesus como
Salvador, como o Substituto que morreu no lugar do pecador para que não
passássemos pelo juízo fina, tem assegurada por Deus a sua salvação. E esse
seguro onde está? No mesmo lugar onde todos esses fatos são relatados, este
livro que chamamos de Bíblia e é na verdade a Palavra de Deus. Deus falou para
Abraão que ele teria um filho, e Abraão creu em Deus. Deus mandou Abraão
sacrificar esse mesmo filho, e Abraão creu de novo. Abraão cria em algo que não
via, que não poderia experimentar de antemão, que eram absurdas para a
inteligência humana.
Convido você agora a também
crer. Não olhe para si mesmo, porque em si só verá pecado, fraqueza e morte.
Olhar para si e para seu coração é assistir ao pior espetáculo de ruína e
corrupção. A minha história e a sua história é só de fracassos. Não olhe para
si mesmo, não olhe para o chão, para o seu redor, para as pessoas, para a
religião, para imagens de santos, para pastores, padres, gurus, seja lá o que
for. “Olhe agora para os céus”. No Salmo 121, lemos: “Levantarei os meus olhos
para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez
o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não
tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel O Senhor
é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará
de dia nem a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua
alma. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para
sempre.”.
Onde você tem colocado a sua
confiança? “O Senhor é quem te guarda”. O Senhor! Não existe outro. Não é
religião, sacramento ou clérigo. O Senhor é o seu recurso, e você pode agora
mesmo levantar os olhos para os céus, sem medo de receber o juízo porque esta é
a dispensação da graça de Deus, na qual ele ainda está agindo em misericórdia
dando a você o que não merece — a salvação eterna — para não dar a você o que
merece — o juízo eterno. Para isso creia naquele que morreu na cruz e
ressuscitou ao terceiro dia, pois só assim o Senhor irá guardar você de todo
mal, “desde agora e para sempre”.
Lembre-se da família de Noé.
No Antigo Testamento, quando a terra estava totalmente corrompida pelo pecado e
não havia nada que se aproveitasse na terra, Deus escolheu a família de Noé e
quis salvá-la. Deus manteve essa família impermeável ao pecado, aos erros, e a
todas as coisas terríveis que os homens estavam praticando, até que Noé
terminasse de construir uma arca, que era o meio de salvação. Deus colocou essa
família na arca e fechou a única porta por fora. Deus literalmente
impermeabilizou aquela família contra as águas e o juízo que cairia sobre todo
o mundo e todos os seus habitantes. Todos morreram naquele dilúvio, que era um
juízo e prefigurava o juízo final ainda por vir. Hoje Deus quer impermeabilizar
você contra o pecado, quer impermeabilizar você contra o juízo que virá! Como
já disse, todos nós temos uma data de validade, todos iremos nos encontrar com
Deus, e então virá o dia do juízo, porém apenas para os que não foram, por
assim dizer, impermeabilizados pelo sangue de Jesus derramado na cruz. Abraão
creu em Deus e foi-lhe foi imputado; foi colocado em sua conta como justiça.
Creia você também.
Disse Jesus: “Em verdade, em
verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a
vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5:24).
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