"Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos
pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve
adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte
nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o
que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que
os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade." João 4:19-24
"Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em
vós?" 1 Coríntios 3:16
"Porque
assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo:
Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de
espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração
dos contritos." Isaías 57:15
"E, na
verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das
coisas que se haviam de anunciar; Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria
casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a
glória da esperança até ao fim." Hebreus 3:5,6
"Assim que
já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da
família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de
que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente
sois edificados para morada de Deus em Espírito." Efésios 2:19-22
Em Deuteronômio 14, a partir
do vers. 22 vemos que havia um lugar para o Senhor fazer habitar o nome, onde
os israelitas deveriam trazer seus sacrifícios, ofertas e dízimos. Este assunto
é detalhado mais no capítulo 12 onde o Senhor mostra que haveria um lugar, e um
só lugar, onde os judeus deveriam adorar, e para onde deveriam trazer seus
dízimos, ofertas e sacrifícios. O lugar seria Jerusalém, reconhecido por Deus e
onde Ele colocaria o Seu nome. A esse lugar eram dirigidas até mesmo as orações
(Dn 6:10). Ali seria construído o templo por Salomão; um lugar físico de
adoração.
Porém lendo João 4 vemos que
tudo iria mudar com relação à Igreja. O templo, assim como Jerusalém, seria
destruído. Uma nova ordem de adoradores estava para ser estabelecida, aqueles
que adorariam ao Pai em Espírito e em verdade. O Senhor não deu ordens para que
fosse construído algum templo cristão, uma vez que os crentes, individualmente
(1 Co 6.19) e a assembleia ou Igreja, coletivamente (Ef 2.20‑22) seriam o templo de Deus
onde o Seu Espírito viria habitar. Além do mais, o verdadeiro tabernáculo hoje
encontra‑se no céu (Hb 8.1,2) onde também
está o nosso Sumo Sacerdote.
Lembre‑se que o tabernáculo
representa o lugar de adoração durante a peregrinação e o Templo, durante o
reino estabelecido e em paz. Assim foi com Israel, e isso eram figuras para o
tempo presente quando temos um tabernáculo, porém no céu. Portanto o lugar onde
o crente deve entrar para adorar hoje é na própria presença de Deus (Leia Hb
9.1‑8; 10.19‑22), onde podemos entrar
fundamentados na obra de Cristo e lavados pelo Seu sangue precioso. Não há na
terra, portanto um edifício designado por Deus, como havia o templo, nem
tampouco uma cidade em especial, como era Jerusalém. Na adoração coletiva, há
hoje um lugar onde podemos encontrar o Senhor Pessoalmente. Onde dois ou três
estão reunidos em (ou ao) Seu nome (Mt 18.20). Este é o lugar onde a Igreja
deve adorar, na própria presença do Senhor.
No que se refere ao dízimo,
não se trata de uma ordenança para a Igreja. A finalidade de se levar o dízimo
ao Templo, nos dias do Antigo Testamento ou mesmo nos dias dos Evangelhos (que
ainda eram dirigidos aos judeus), era para a manutenção do Templo e do seu
tesouro, e para a sobrevivência dos levitas e sacerdotes, uma classe especial
de homens designados por Deus, os quais se ocupavam do serviço do Templo e, no
caso do sumo sacerdote, de entrar uma vez por ano na presença de Deus no Santo
dos Santos.
Hoje todos os crentes são
igualmente sacerdotes (1 Pd 2.5‑9); não
existe mais uma classe especial de homens, embora nos sistemas criados pelos
homens isso ainda seja usado. Não existe um templo físico para ser mantido e
não há nenhuma indicação na doutrina dos apóstolos, que é dirigida à Igreja,
que esta deva dar o dízimo. Existem, isto sim, referências para que sejam
feitas coletas, no primeiro dia da semana, para suprir as necessidades dos
santos, isto é, dos próprios crentes.
(Transcrição do vídeo acima, de Mário Persona, disponível neste link.)
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