Josh McDowell, o autor de A Evidência Que Exige Um Veredito, era um cético quando entrou na universidade a fim de conseguir um bacharelado em direito. Lá conheceu alguns cristãos que o desafiaram a examinar as evidências da Bíblia e de Jesus Cristo. A seguir está o seu testemunho:
“Como adolescente, queria as respostas para três perguntas básicas: Quem sou eu? Por que estou aqui? Para onde eu vou?… Então, como jovem estudante, comecei a procurar respostas.
Eu pensei que a educação poderia ser a resposta para minha busca de felicidade e significado. Então eu me inscrevi na universidade. Que decepção! Provavelmente já estive em mais campus universitários na minha vida do que qualquer outra pessoa na história. Você pode encontrar muitas coisas na universidade, mas matricular-se lá para encontrar a verdade e o significado na vida é praticamente uma causa perdida.
Eu costumava abordar professores em seus escritórios, buscando respostas para minhas perguntas. Quando eles me viam chegar, eles apagavam as luzes, se escondiam na penumbra e trancavam a porta para que não tivessem que falar comigo. Eu logo percebi que a universidade não tinha as respostas que eu estava procurando. Os membros da faculdade e os meus colegas estudantes tiveram tantos problemas, frustrações e perguntas sem respostas sobre a vida quanto eu tinha. Alguns anos atrás, vi um estudante caminhando por um campus com um sinal nas costas: ‘Não me siga, estou perdido’. Foi assim que todos na universidade me pareciam. A educação não foi a resposta!
O Prestígio deve ser o caminho a seguir, decidi. Parecia justo encontrar uma causa nobre, entregar-se a ela e me tornar bem conhecido. As pessoas com maior prestígio na universidade, e que também controlavam e mais detinham influência, eram os líderes estudantis. Então eu percorri vários grêmios estudantis e fui eleito. Foi ótimo conhecer todos no campus, tomar decisões importantes e gastar o dinheiro da universidade fazendo o que eu queria fazer. Mas a emoção logo desapareceu, como todo resto que eu já havia tentado.
Cada manhã de segunda-feira eu acordava com uma dor de cabeça por causa da forma que havia passado a noite anterior. Minha atitude era: Aqui vamos novamente, outros cinco dias de aborrecimento. A felicidade para mim girava em torno dessas três noites de festa: sexta-feira, sábado e domingo. Em seguida, todo o ciclo de aborrecimento começaria de novo.
Em torno deste tempo eu notei um pequeno grupo de pessoas no campus – oito estudantes e dois professores – e havia algo diferente sobre eles. Pareciam saber para onde eles estavam indo na vida. E eles tinham uma qualidade que admiro profundamente nas pessoas: convicção. Mas havia algo mais sobre esse grupo que chamou minha atenção. Era amor. Esses estudantes e professores não só se amavam, eles amavam e cuidavam de pessoas fora de seu grupo.
Cerca de duas semanas depois, eu estava sentado ao redor de uma mesa no diretório acadêmico conversando com alguns membros desse grupo. … Eu me virei para uma das garotas do grupo e disse: ‘Diga-me, o que mudou suas vidas? Por que você é tão diferente dos outros alunos e faculdades?
Ela me olhou diretamente nos olhos e disse duas palavras que eu nunca esperava ouvir em uma discussão inteligente em um campus universitário: ‘Jesus Cristo’.
‘Jesus Cristo?’ Eu respondi bruscamente. ‘Não me dê esse tipo de lixo. Estou farto da religião, a Bíblia e a igreja. Ela rapidamente respondeu: ‘Senhor, eu não disse: religião; Eu disse: Jesus Cristo’.
Então, meus novos amigos me deram um desafio que eu não podia acreditar. Eles me desafiaram, um estudante de direito, a examinar intelectualmente a alegação de que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Achei que era uma piada. Esses cristãos eram tão idiotas! Como algo tão frágil como o cristianismo podia manter-se diante de um exame intelectual? Eu zombei de seu desafio.
Eu finalmente aceitei seu desafio, não para provar nada, mas para refutá-los. Eu decidi escrever um livro que faria uma piada intelectual do cristianismo. Saí da universidade e viajei pelos Estados Unidos e pela Europa para reunir evidências e para provar que o cristianismo era uma farsa.
Um dia, enquanto eu estava sentado em uma biblioteca em Londres, na Inglaterra, percebi uma voz dentro de mim, dizendo: ‘Josh, você não tem uma perna sequer que o sustente’. Imediatamente a suprimi. Mas quase todos os dias, depois disso, ouvi a mesma voz interior. Quanto mais eu pesquisava, mais eu ouvia essa voz. Voltei para os Estados Unidos e para a universidade, mas não conseguia dormir à noite. Eu ia para a cama às dez horas e ficava acordado até as quatro da manhã, tentando refutar a evidência esmagadora que eu estava acumulando, a de que Jesus Cristo era o Filho de Deus.
Comecei a perceber que eu estava sendo intelectualmente desonesto. Minha mente me dizia que as afirmações de Cristo eram realmente verdadeiras, mas minha vontade estava sendo empurrada em outra direção. Eu tinha colocado tanta ênfase em encontrar a verdade, mas eu não estava disposto a segui-la, uma vez que eu a encontrei. Comecei a sentir o desafio pessoal de Cristo para mim de Apocalipse 3:20: ‘Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei até ele, e com ele cearei, e ele comigo’. Mas tornar-me um cristão parecia tão ego-destrutivo para mim. Não pude pensar em uma maneira mais rápida de arruinar todos os meus bons tempos.
Eu sabia que tinha que resolver esse conflito interno porque isto estava me deixando louco. Eu sempre me considerei uma pessoa de mente aberta, então eu decidi colocar as alegações de Cristo no teste supremo. Uma noite na minha casa em Union City, Michigan, no final do meu segundo ano na universidade, tornei-me cristão.
Eu disse: ‘Senhor Jesus, obrigado por morrer na cruz por mim’. Eu percebi que se eu fosse a única pessoa na terra, Cristo teria ainda morrido por mim. …Eu disse, ‘Eu confesso que sou um pecador’. Ninguém tinha que me dizer isso. Eu sabia que havia coisas na minha vida que eram incompatíveis com um Deus santo, justo e bom (arrependimento do pecado – natureza e obras). … Eu disse, ‘Agora, da melhor maneira que eu sei, eu abro a porta da minha vida e coloco minha confiança em Ti como Único Salvador e Senhor. Assuma o controle da minha vida. Me mude de dentro para fora. Faça-me o tipo de pessoa que você me criou para ser.” (Josh McDowell, Ele Mudou Minha Vida. A Nova Evidência Que Exige Um Veredito, Thomas Nelson, 1999, pp. XXV).
McDowell conclui:
“Depois de tentar quebrar a historicidade e validade das Escrituras, eu cheguei à conclusão de que ela é historicamente confiável. Se alguém rejeita a Bíblia como sendo confiável, então deve-se descartar quase toda a literatura da Antiguidade.
Um problema que eu encaro constantemente é o desejo por parte de muitos de aplicar um padrão ou teste para a literatura secular e outro para a Bíblia. É preciso aplicar o mesmo teste, se a literatura sob investigação é secular ou religiosa.
Tendo feito isso, eu acredito que nós podemos segurar as Escrituras em nossas mãos e dizer, ‘A Bíblia é confiável e historicamente confiável’.” (A Nova Evidência Que Exige Um Veredito, p. 68).
Por David Cloud
Publicado pela Way Of Life Literature em o7 de abril de 2014.
(traduzido por Miguel A. Maciel, 2017)