Eu devia ter uns sete ou
oito anos quando me apaixonei pela irmã mais nova da amiga de minha irmã. Nessa
idade a gente não sabe exatamente o que vai fazer com o amor de sua vida, então
passa a fantasiar. E no lusco-fusco de meu sono eu tentava forçar minha mente
para sonhar com ela. Invariavelmente em minha imaginação infantil ela sempre
estava correndo algum perigo e eu ia salvá-la. Acho que todo menino já sonhou
assim.
Às vezes o objeto de sua
paixão nem existe de verdade, mas nem por isso você fica menos apaixonado. Você
já se apaixonou pelo personagem de um romance ou filme? Acontece, não é mesmo?
Agora pense no autor. Ele pode facilmente se apaixonar pelo personagem que
criou e não resistir à tentação de entrar em seu próprio livro, criando um
personagem que é seu alter ego para poder interagir com sua amada fictícia.
Muitos romances são assim e às vezes é possível identificar o DNA do autor no
personagem.
Agora pense no que
aconteceria se o Autor da maior história já escrita decidisse entrar no roteiro
depois de se apaixonar por alguém que ele mesmo criou! E não apenas se
apaixonar, mas ir até as últimas consequências por causa desse amor, ao ponto
de dar sua vida para salvar sua amada e garantir que a história tivesse um
final feliz. Quer a indicação do livro onde isso acontece? Ok, vou dar uma
dica: Começa com "B", o nome do Autor que mergulhou em sua própria
criação começa com "J" e sua amada... Hmmm.... talvez ela esteja
lendo estas linhas. - [Mario Persona]
"Cristo amou a
igreja e a si mesmo se entregou por ela" Ef 5:25
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